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Fontes Renováveis aumentam participação na geração de energia do Brasil

Com incentivos do governo, a fonte solar continua líder nas instalações nos pontos de consumo e apresenta ótima economia. Já as usinas solares vêm ganhando maior espaço no país.

O Brasil continua com crescimento forte na geração de energia através de fontes renováveis. O número de usinas solares e eólicas instaladas aumenta a cada ano, igualmente a novos projetos contratados nos leilões de energia, o que tem levado essas fontes a apresentar significante participação na matriz energética do país. O segmento de geração distribuída, na qual as micro e mini usinas são instaladas nos pontos de consumo, também têm apresentado números recordes. Todo esse crescimento surge em parte da necessidade de substituir nossa dependência na fonte hidráulica, a qual, devido as constantes secas dos últimos anos, tem se mostrado insuficiente para suprir a crescente demanda energética. Porém deve-se também a tendência mundial na utilização de fontes não poluentes e que não agridem o meio ambiente, uma necessidade cada vez mais urgente nesses tempos de mudanças climáticas.

GERAÇÃO CENTRALIZADA

Com as usinas solares e eólicas ganhando espaço no país, sua participação no crescimento da produção elétrica aumenta anualmente. Em 2015, a capacidade total instalada de geração de energia no país aumentou 6.945Megawatts(MW) em relação ao ano passado. Desses, as fontes renováveis, solar e eólica, representaram por 39,6%. Juntas, elas ultrapassaram as fontes térmica, que contabilizou por 25%, e hidráulica (ainda a mais utilizada no Brasil) que representou por 35,4% do total. Esses são os dados apresentados pelo Balanço Energético Nacional (BEN) divulgado no final do mês passado pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

Essa pesquisa comprova a tendência pela utilização das renováveis, as quais subiram sua oferta interna de 39,4% em 2014 para 41,2% em 2015, enquanto as não renováveis caíram de 60,6% para 58,8% no mesmo período. No ano passado, a potência instalada de energia eólica cresceu 56% e a solar 40%. Porém o placar entre essas fontes de energia limpa pode mudar. Um dos problemas enfrentados nos últimos anos com as usinas eólicas, as quais geralmente são instaladas em regiões isoladas do Nordeste e do Sul, foi a falta de linhas de transmissão existentes para escoamento da energia produzida pelas turbinas, o que acabou levando a população a pagar por eletricidade não usada. Para evitar isso, o governo levará em conta na contratação de novas usinas no próximo leilão de energia, que acontecerá em dezembro, a existência ou instalação iminente dessas linhas, conforme informado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

Com as usinas solares esse problema não é limitante. Devido aos altos índices de radiação solar presente em quase toda extensão territorial, diversos desses projetos estão em construção por todo o país. No total, foram contratados em leilões 31 projetos de usinas solares em 2014 e 63 em 2015, totalizando 2.653MW de potência. No estado do Piauí está sendo construída a Nova Olinda, que será a maior usina solar da América Latina, com início de operação para o segundo semestre de 2017. O empreendimento privado de U$300 milhões, irá gerar 292MW de potência e já tem criado milhares de empregos na região. Toda essa geração de energia a partir do sol deverá garantir a entrada do Brasil no ranking dos 20 maiores produtores de energia solar em 2018.

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

Já quando o assunto é gerar a própria energia, a fonte solar é campeã invicta. Atualmente o país gera 29,7MW de forma distribuída, através de sistemas instalados em residencias, comércios e indústrias. Já são 3.565 usinas de micro e minigeração instaladas em todo o Brasil. Dessas, as alimentadas pela luz do sol representam por 3.494 (num total de 24,1MW), já as eólicas por apenas 37. Isso também deve-se a grande disponibilidade da fonte solar em nosso país tropical. O crescimento desse segmento tem sido impressionante, somente de janeiro até maio deste ano forma 1.781 novas conexões registradas pela ANEEL, 6,5 vezes mais que as 272 de 2015.

Um fator essencial para o crescimento desse segmento foi a da Resolução Normativa Nº 482 de 2012 da ANEEL, a qual criou o sistema de compensação de energia elétrica. Com ele, os consumidores passaram a poder reduzir suas contas de luz através dos créditos energéticos, os quais são gerados pela energia do sistema fotovoltaico injetada na rede da distribuidora. Outro grande incentivo ao segmento foi a criação do Programa de desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD), lançado pelo MME no final do ano passado. Ele visa ampliar e aprofundar as ações de estímulo a geração de energia pelo próprio consumidor a partir de fontes renováveis, como linhas de financiamento para aquisição dos sistemas, melhorias na tributação, formação de mão de obra, entre outros. Estima-se que até 2030 serão mais de R$100 bilhões em investimentos e 2,7 milhões de unidades consumidoras que poderão ter energia gerada por elas mesmas.

EXCELENTE ECONOMIA

Outro fator que tem levado os consumidores a optarem pelos sistemas fotovoltaicos na hora de gerarem sua própria energia é enorme economia que eles proporcionam na conta de luz durante a sua longa vida útil, a qual estende-se além dos 25 anos. Esses sistemas podem ser dimensionados para gerarem até 100% da energia consumida e podem reduzir além de 95% da conta de luz do seu proprietário.

Esse é o caso do comerciante José Augusto Silva, do município de Nossa Senhora do Socorro, em Sergipe. Após instalar um sistema fotovoltaico na mercearia da família, ele viu sua conta de luz reduzir de R$1.120,24 para apenas R$17,30, ou seja, uma economia de 98,5%! “Estou muito satisfeito com a economia ao final do mês, além de economizar, ainda estou contribuindo com o meio ambiente, produzindo energia limpa” , diz ele. A instalação é a primeira do tipo na cidade, José conta “Meus vizinhos ficaram impressionados como essas placas ajudaram a reduzir a conta”.

O sistema de José Augusto conta com 40 módulos capazes de gerar 200kWh/mês e teve um custo de R$65 mil, o qual deverá ter seu retorno em até cinco anos. Quando questionado se achava o valor alto, ele responde “Diante da economia que senti no bolso faria tudo outra vez”.

Fontes: Portal Brasil Porta Brasil Portal Brasil Portal Brasil

O Globo EXAME G1


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